Mestrado de Vigilância em Saúde nas Fronteiras: inscrições até 13/8

12/07/2010 23:34

ENSP,

Formar gestores e profissionais de saúde em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área de Vigilância em Saúde nas fronteiras do Brasil com o Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia é o objetivo do Mestrado Profissional de Vigilância em Saúde nas Fronteiras do Brasil promovido pela ENSP. Trata-se do primeiro mestrado profissional da Escola com participação internacional, além de ser voltado para profissionais dessa área dos 42 municípios da faixa de fronteira entre o Mato Grosso do Sul (MS) e Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia. As inscrições para 16 vagas complementares estão abertas até 13 de agosto e podem ser realizadas na Plataforma SIGA.

O curso é coordenado pela pesquisadora Mariza Theme, da ENSP/Fiocruz, e pelo pesquisador Rivaldo Venâncio, da Fiocruz Cerrado-Pantanal. De acordo com Mariza, o processo para a criação do mestrado ganhou força com o desenvolvimento do Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS-Fronteira), voltado para a integração de ações e serviços de saúde na região fronteiriça do Brasil. "O SIS-Fronteira foi criado em 2005 pelo Ministério da Saúde e tem um foco importante na vigilância em saúde", afirmou.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem uma faixa de fronteira de 15.719 quilômetros, que corresponde a 27% do território nacional, e a faixa de fronteira é demarcada pela área de 150 km de largura paralela à linha divisória terrestre do território nacional. "A fronteira entre o MS e o Paraguai possui 42 municípios, e o curso pretende capacitar profissionais que estão na linha de frente da vigilância em saúde dessas cidades, capacitando-os a identificar os problemas e desenvolver pesquisas que sejam relacionadas às demandas específicas dessa área. A enorme diversidade desse território, que possui características e demandas específicas com relação a questões de vigilância em saúde, problemas de perfil epidemiológico e outras questões, motivou a realização do curso", revelou.


O mestrado é destinado aos profissionais de nível superior que atuam na área de vigilância em saúde vinculados ao nível central da Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul ou aos núcleos regionais de saúde, aos técnicos de nível superior da área de vigilância em saúde vinculados às secretarias municipais de saúde, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), à Universidade Federal da Grande Dourados e aos técnicos de nível superior indicados pelo Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai.


As 16 vagas remanescentes são distribuídas da seguinte maneira: quatro para candidatos vinculados ao Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai; duas para profissionais vinculados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária; e dez para as instituições e órgãos integrantes do mestrado. Participam do curso a Fiocruz Cerrado-Pantanal, a Universidade Federal da Grande Dourados, a Escola de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul, o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a Anvisa.


O Mestrado Profissional de Vigilância em Saúde nas Fronteiras será realizado na Universidade Federal da Grande Dourados e terá três grandes módulos. Também serão propostos seminários sobre temas como a saúde na fronteira do Mato Grosso do Sul e Paraguai, a violência como problema de saúde pública na fronteira Brasil-Paraguai, impactos do aquecimento global sobre a saúde, consumo de drogas nas fronteiras e outros. Para a coordenadora, o bom andamento do mestrado possibilitará a realização de outros cursos com o mesmo objetivo. "A região fronteiriça é de uma diversidade enorme, e temos mais de 500 municípios em todo o Brasil nessa faixa territorial com realidades diferentes, demandas específicas com relação a questões de vigilância em saúde e perfil epidemiológico. Enfim, teremos esse primeiro curso voltado especificamente para o Paraguai, e, conforme o andamento, a proposta da Secretaria de Vigilância em Saúde é de expandir essa capacitação para as outras regiões de fronteira do país."
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