A importância da água

19/06/2010 00:50

 

Beber água em abundância é fundamental para a boa saúde

Em média, um adulto de 70 quilos, com boa saúde, é capaz de aguentar 60 dias sem comer e continuar relativamente saudável durante esse período. Mas, se resolver radicalizar na greve de fome e ficar sem beber água também, não vai durar mais do que sete dias. Num país quente como o Brasil, quatro.

E depois disso, se não for hidratado a tempo, seu corpo pode até parar de funcionar.

Deu para perceber como a água é importante? Apesar de não conter nenhuma caloria e nenhum nutriente, ela é indispensável para a manutenção das chamadas funções vitais do organismo, como a respiração e o metabolismo. Sem ela, todas as reações químicas necessárias para a manutenção da vida não acontecem. Não é à toa que mais da metade do nosso peso é de água pura.

“A água constitui aproximadamente 60% do peso de uma pessoa e está distribuída no sangue, nos tecidos e em outros fluidos corporais”, explica a nutricionista Claudia Ridel Juzwiak. “Ela é essencial para que ocorram as reações metabólicas, o transporte de nutrientes; para a proteção de tecidos, para a lubrificação das articulações e para regular a temperatura do corpo”, enumera.

O problema é que, para cumprir todas essas tarefas, boa parte da reserva de água do organismo vai embora durante o dia, por meio do suor (que regula a temperatura do organismo) e da urina (que elimina as substâncias nocivas). O estoque diminui até mesmo quando respiramos. Calcula-se que essa perda chegue a 2,5 litros diários - por isso, é indispensável repor constantemente toda essa água que se vai.
Recomendação média de consumo de líquidos é de seis a oito copos por dia
 
“De maneira geral, recomendamos que sejam ingeridos entre dois e dois litros e meio de líquido por dia; incluindo água, sucos e alimentos”, afirma a nutricionista Juliana Menegazzi, da consultoria nutricional Viver e Saúde. “Mas existe uma variação que depende do consumo calórico e do peso de cada indivíduo”.
 
O ideal seria que para cada caloria que consumimos ao longo do dia, ingeríssemos um mililitro de água. Na prática, como a dieta de um adulto saudável costuma ser de cerca de 2.500 calorias, recomenda-se a ingestão de cerca de 2,5 litros de água – aproximadamente oito copos cheios.
 
Para não errar na conta, o importante é não esperar a sede. Segundo Juliana, a sensação é o primeiro indício de desidratação, assim como boca seca e lábios ressecados. Até aí, o processo de perda de líquido pode ser facilmente revertido: basta beber um belo copo de água, repousar por alguns minutos e cuidar para que os episódios de sede não se repitam.
 
Outros sinais, entretanto, são mais preocupantes. O intestino preguiçoso é um deles – quer dizer que a falta de água já está atrapalhando o processo de eliminação de toxinas e outras substâncias. É por isso que dizemos que a água “limpa” o organismo.
 
Dor de cabeça, tonturas, distúrbios de memória e concentração, além de problemas renais que podem aparecer mais tarde, também são indícios de uma desidratação em curso. Cuidado!
 
“É preciso ajustar o consumo de água quando está calor, em casos de febre ou outras doenças, durante a gravidez e durante a prática esportiva”, alerta a nutricionista Claudia Ridel Juzwiak.
 
Sucos e frutas são boas fontes de água. Mas cuidado com as bebidas alcóolicas
 
Para garantir que as reservas de água do organismo estejam sempre em níveis satisfatórios, tanto faz a fonte. A única diferença da água pura para o líquido contido em sucos, frutas ou vegetais diz respeito à velocidade de absorção. A água pura é absorvida mais rápido; já o açúcar que é adicionado aos sucos, por exemplo, torna esse processo mais lento. O sódio dos refrigerantes, mais ainda. Má idéia mesmo, é tentar suprir a necessidade de líquido consumindo álcool: ele desidrata.
 
Praticamente também não há diferença entre a água mineral e a água encanada, que consumimos depois de filtrar ou ferver. A água mineral, como o próprio nome já indica, é apenas mais rica em minerais, o que para a maioria das pessoas não é problema nenhum.
 
“Apenas para quem não pode consumir algum tipo de mineral, o que é raro, é que não indicamos o consumo desse tipo de água”, esclarece a nutricionista Juliana Menegazzi.
 
Água comum é a melhor opção para uma boa hidratação
 
Ainda assim, a nutricionista Juliana Menegazzi sugere que entre a água que chega às nossas casas e a abundância de variações disponíveis no mercado, melhor ficar com a versão “clássica” mesmo. “As águas adicionadas, por exemplo, saem muito do padrão e podem ocasionar um acúmulo de substâncias no organismo que não é legal”.
 
O mesmo vale para as chamadas “reduzidas”, como as que não contêm sódio. Para o hipertenso, pode até ser uma opção interessante de coadjuvante no tratamento. Mas se o objetivo é evitar a hipertensão, o mais sensato é cortar o sódio da alimentação.
 
“A água comum é totalmente equilibrada”, afirma Juliana, completando que o sódio e o potássio presentes naturalmente na água são indispensáveis para regular a temperatura e a hidratação do organismo.
 
Dicas para garantir a hidratação diária
 
A nutricionista Claudia Ridel Juzwiak dá algumas dicas de como garantir a hidratação adequada:


- Crie o hábito de beber água durante o dia. Leve uma garrafinha na bolsa e procure consumir água entre os intervalos das refeições;

- Qualquer tipo de bebida contribui para o total ingerido no dia: chá, água de coco, sucos… mas lembre-se que, diferentemente da água, algumas dessas bebidas apresentam calorias que devem ser consideradas;

- Além de tomar água, a inclusão de alimentos como sopas, hortaliças e frutas também ajuda a repor líquido. Algumas frutas como melancia, laranja e melão são riquíssimas em água;

- Bebidas alcoólicas não contribuem para a hidratação. Ao contrário, o álcool estimula a diurese e causa maior perda de líquido pela urina;

- Em dias mais quentes e muito úmidos, beba mais água;

- Crianças e idosos devem ter maior preocupação para não desidratar;

- Beba água antes, durante e após os exercícios, pois a perda de líquidos por meio do suor pode ser muito grande;

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